Quando pela primeira vez Franklin
Roosevelt foi eleito presidente dos Estados Unidos, em 1930, o país atravessava
a maior crise econômica de sua história. O clima era de pessimismo, o povo não
via nenhuma saída para a crise. Franklin iniciou seu discurso de posse, sentado
numa cadeira de rodas, colocando diante dos olhos da multidão uma grande folha
de papel com um ponto
negro no centro. Perguntou o Presidente: “O que vedes em minhas
mãos?” A resposta da multidão foi unânime: “Uma folha de papel com um ponto
negro no centro”. Ao que o presidente respondeu: “É de estranhar que os vossos
olhos foram atraídos apenas para o ponto negro e não para o vasto campo branco
ao redor dele”. É isto que está acontecendo com o povo americano, a quem está
faltando à correta visão do potencial deste país em crise. A crise existe, é
inegável, mas assim como vedes em minha mão um ponto negro, rodeado de um vasto
campo branco, vos digo eu: “Está também em nossas mãos o grande potencial de
recursos naturais de nosso País, que juntos vamos usa-los para transformar a
América do Norte na Pátria com que sonhamos”.
A
visão faz a diferença.
Existia de fato um ponto negro.
Roosevelt o via; entretanto como coisa de insignificante importância, pois sua
visão fora atraída, não para o ponto negro, e sim, para a imensidade das coisas
criadas por Deus e colocadas no território americano, que só precisavam ser bem
administradas para darem certo. Da visão
que possuímos depende a aparência das coisas que vemos.
CONTO DO SERTÃO.
Um fazendeiro possuía um cavalo
“bom de marcha” de grande estima. Este não comia pasto seco. Numa época de
estiagem, toda a pastagem secou. O fazendeiro, receoso de perdê-lo, imaginou um
meio de alimenta-lo e deu certo. Mandou preparar para o cavalo um óculos verde.
O animal de estima, assim equipado, via toda a pastagem verdinha e voltou a
alimentar-se bem. O pasto era o mesmo, só sua visão foi alterada. Jesus
ensinou: “São os olhos a lâmpada do corpo” (Mt. 6.22,23)”. Os olhos de Geazi, o
môço ganancioso e mentiroso, (2 Rs 5.20-25), só via ao redor dele e de Elizeu
as tropas sírias... Elizeu no entanto, podia ver mais perto deles os exércitos
protetores do Senhor, (2 Reis : 6.16,17), Talvez por isso o salmista orou
assim: (Sl 119,18).
OS OLHOS MAUS.
Há aqueles, que por falta de amor
de Deus, só vêm o ponto negro da
vida as pessoas, enquanto na verdade elas são adornadas de qualidades
espirituais, as mais belas... Unge teus olhos, (Ap. 3.18), Pedro recomenda (1
Pe. 4.8); Judas o irmão do Senhor ensina: (Jd 22,23). Infelizmente à semelhança
dos contemporâneos de Roosevelt, há pessoas, atualmente, cujos olhos se deixam
atrair exclusivamente pelo ponto negro da vida e não vêm o campo branco das
numerosas virtudes que adornam aqueles que vivem em comunhão com Deus. Quando o
amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi
outorgado, (Rm 5.5), sentimos mais quando ofendemos do que quando somos
ofendidos. Felizmente, os que de fato são de Cristo, com os olhos sadios, vêm
nos seus irmãos à beleza de Cristo, enaltecem as suas virtudes e delas falam
com sinceridade e respeito.
UM CORPO BEM AJUSTADO.
Para que tudo seja feito a
contento do céu, basta que quantos invocam o nome do Senhor ocupem o seu lugar
no corpo de Cristo. Exerçam a função que lhes cabe, como está escrito em (Ef.
4.15,16)
.
SOLI DEO GLÓRIA.
Pr.
Fernando Ribeiro de Andrade
1º Co-Pastor da Igreja.
A D Mamanguape.
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