domingo, 17 de fevereiro de 2013

ABRE OS MEUS OLHOS, SENHOR!




QUERO ver-te, Senhor, do outro lado da lama, do outro lado dos montões de lixo, do outro lado da fome, do outro lado das guerras, do outro lado do sofrimento, do outro lado da doença, do outro lado da morte.

QUERO ver-te como tu és e não como os outros dizem que és.

QUERO ver-te na imensidão e na ordem do universo, na mais distante galáxia e na mais próxima estrela. Quero ver-te na cachoeira, na gruta, na floresta, no deserto, na praia, nas alturas dos montes e nas profundezas dos mares, na desembocadura dos rios, nas campinas e nos vales.

QUERO ver-te no amanhecer e no entardecer, ao meio-dia, ao meio-dia e a meia-noite, no vento, na chuva, nos relâmpagos, no trovão.

QUERO ver-te no botão de rosa, no ipê-amarelo, no girassol, no jardim, no pomar, na horta, nos bosques, na grama, nos pastos e no matagal.

QUERO ver-te no meu corpo, na parte de fora e na parte de dentro, no mais visível e no mais escondido, no mais simples e no mais complexo. Quero ver-te na biologia, no DNA, nas células tronco, na substância ainda informe, no crescimento, na reprodução e no envelhecimento.

QUERO ver-te nos mistérios da vida, nos mistérios da mente, nos mistérios do amor, nos mistérios da alma, nos mistérios da criação.

QUERO ver-te na vaga lembrança, na saudade, na sede, na fome e no temor que eu tenho de ti, no desassossego de minha alma enquanto ela não repousa em Ti.

SENHOR, abre os meus olhos, pois quero ver a lama, os montões de lixo, a fome, as guerras, o sofrimento, a doença e a morte sob outra perspectiva, sob a perspectiva cristã.

ABRE os meus olhos para eu ver o que está acima das nuvens mais baixas (At.1.9)

ABRE os meus olhos para eu ver o Senhor assentado num trono alto e exaltado (Is. 6.1).

ABRE os meus olhos para eu ver os céus abertos e o Filho do Homem em pé, à direita de Deus (At. 7.56)


ABRE os meus olhos para eu ver o cordeiro – que parecia ter estado morto – em pé, no centro do trono, pronto para abrir o livro fechado por dentro e por fora e dar prosseguimento à história (Ap.5.6)

ABRE os meus olhos para eu ver a destruição, a morte e o enterro da morte (1 Co.15.26)

ABRE os meus olhos para eu ver a transformação dos vivos e a ressurreição dos mortos (1 Co 15.50-58).

ABRE os meus olhos para eu ver novos céus e nova terra, onde habita a tão procurada justiça (2 Pe. 3.13; Ap. 21.1).

ABRE os meus olhos para eu ver a plenitude da salvação!

A M É M.


Pr. Fernando Ribeiro de Andrade.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Você tem coragem de tocá-lo?




“E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, chegando por detrás dele, tocou na orla do seu vestido, e logo estancou o fluxo do seu sangue.
E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?
E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude.”
Lucas 8:43-46

Quem nunca ouviu falar sobre a Mulher do fluxo de sangue? Uma mulher, desprezada por todos, se sentia inferior, a mulher mais suja, mais desprezível. 

Todos fugiam de sua presença, ela se isolava por ninguém a querer por perto, por só olhar para a sua enfermidade. Porém, determinada vez ouvindo que Jesus passava por ali, ela resolveu tomar uma atitude de fé e colocou e seu coração que, se ao menos tocasse nas vestes de Jesus, ela poderia ser libertada daquela enfermidade, e de todos os problemas que ela a gerava. 

Quando ela ouviu que Jesus passava, correu por entre a multidão, mas eram tantas pessoas ao redor de Jesus, tanta gente que o apertava, que ela nem se aproximar conseguia. Porém, em determinado momento, ela conseguiu tocar em suas vestes e para sua surpresa o mestre parou e disse: "Quem me tocou?" Seus discípulos vendo a grande multidão, ainda questionaram: “Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que o tocou?” E em um ato maravilhoso Jesus responde: “Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude.” Oh Aleluia!
E a mulher se apresentou e disse, fui eu quem te tecou meu Senhor!

Meus queridos, muitas vezes nos encontramos como aquela mulher, com uma “enfermidade” tremenda na alma, vivendo em rejeição, desprezo, sendo escantilhado por tantas pessoas, e tudo parece que não tem jeito, buscamos saídas, tentamos fazer o possível e o impossível, e o que mais recebemos e a solidão. Mas, já pensou se aquela mulher tivesse desistido? Se ela tivesse escutado a multidão? E se ela não tivesse a Fé que tocando ao menos na orla da veste de Jesus, eu disse, na orla, ela jamais teria recebido a virtude. É preciso romper a multidão, é preciso enfrentar os dizeres contrários, é necessário por a nossa Fé em ação, e enfrentar tudo e todos para tocar nas vestes de Jesus.

Como será que está a nossa fé? Será que temos coragem de enfrentar a imensa multidão? Até onde está a nossa Fé?
Vamos romper as multidões da alma, do nosso dia-a-dia, do nosso meio familiar.
Jesus está só esperando uma atitude nossa para tirar toda “enfermidade” que nos assola.

É preciso ter Fé e acreditar que multidão nenhuma pode nos afastar de Jesus.

A Paz, queridos!